07 março 2010

Elas trabalham mais 16 horas por semana do que eles...

Mulheres ganham menos em trabalhos iguais...

As mulheres trabalham mais 16 horas por semana do que os homens, porque as lides domésticas ainda são uma tarefa «delas», e no emprego chegam a ganhar menos 30% em cargos idênticos aos deles.

O dia de trabalho das mulheres começa normalmente mais cedo e termina invariavelmente mais tarde. «Quando olhamos para os gráficos de tempo de trabalho pago e não pago, as mulheres trabalham em média mais 16 horas por semana do que os homens», disse à Lusa Natividade Coelho, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), a propósito do Dia da Mulher, que se assinala na segunda-feira.

«Num mercado de trabalho sem horários, as mulheres são as mais penalizadas porque são as responsáveis por cuidar dos filhos e das tarefas domésticas», lembrou a especialista em direitos femininos, Regina Tavares da Silva.
Apesar de serem maioria - são 5,4 milhões contra 5,1 milhões de homens - continuam a ser subjugadas. Nas escolas e universidades há mais alunas e a diferença entre doutorados é cada vez mais ténue. «Mesmo sendo elas mais qualificadas não têm as mesmas possibilidades de acesso e sucesso no mundo do trabalho», lamentou Regina Tavares da Silva.
30% de diferença salarial

A presidente da CITE acrescenta mais informações ao cenário já preocupante: «O número de mulheres que ascendem aos lugares de topo é muito menor do que o número de homens». E, quando ocupam os mesmos postos, não são raros os casos de discriminação salarial. De acordo com dados da CITE, as diferenças rondam os oito por cento nas profissões indiferenciadas, mas «nos cargos de topo e lugares decisórios verifica-se mais de 30% de diferença salarial entre homens e mulheres», contou Natividade Coelho.
À CITE não chegaram queixas de discriminação salarial no ano passado, «mas sabemos que a situação pode existir», admite Natividade Coelho.

«O que persiste na sociedade portuguesa e sobretudo no mundo laboral é muito claramente a noção de que os homens são encarados como produtores e as mulheres como reprodutoras», disse a presidente da Comissão.
A imagem da mulher como alguém que poderá ter de se ausentar do trabalho para ficar períodos mais longos em casa para tratar dos filhos ou que tem um horário fixo de saída do emprego para ir buscar as crianças à escola agravam o perigo de discriminação no mundo laboral.

Comentário:
Nesta recta final, de final de secundário, a maioria dos alunos preocupa-se com as saídas profissionais que poderam vir a ter. Ora, as mulheres ao lerem isto vão ficar completamente desvastadas!! Tanto estudo, tanto empenho para entrar num bom curso e depois ganhar menos por sermos mulheres?
Na minha opinião, estes tempos mudaram...Se a inovação é tão falada, a inovação de pensamentos também ocorreu para algumas pessoas, claro!
Cada vez mais a mulher não está só encarregue das lidas de casa, o homem também começa a ser responsável por isso. As novas mentalidades começam a surgir, e mesmo na educação dos filhos já não se fala só em díade (mãe-bebe) mas em tríade (pai-mãe-bebé), o que é um bom começo!
Não sou apologista de um sexo forte, mas sim de dois sexos que se complementam! Onde é necessário compreensão e inter-ajuda! Agora, mentalidades em que a mulher ganha menos e blá-blá... Isso não ! Já ficou lá atras! Na idade da pedra :)

2 comentários:

  1. Parabéns Joana! Bem robusta a tua opinião.

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  2. Aqui está uma boa noticia para o tema que estamos a debater no Geodilema :)

    Muito bem :D

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