02 novembro 2009

Plano de acção contra a pneumonia quer salvar 5,3 milhões de crianças


A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) lançaram, hoje, um plano de acção mundial para combater a pneumonia, com o objectivo de salvar 5,3 milhões de vidas até 2015.

Se não se fizer nada, a pneumonia continuará matar todos os anos 1,8 milhões de crianças com menos de cinco anos, ou seja 20% dos nove milhões com menos de cinco anos que morrem anualmente no mundo, advertiram a OMS e a UNICEF, que querem ajudar aos países mais pobres a reforçar a sua política de prevenção, protecção e tratamento da doença.


"Como sabemos quais são as intervenções que funcionam, devemos colocá-las em prática urgentemente", explicou aos jornalistas uma responsável da UNICEF, Anne Golaz, sublinhando que estas medidas devem permitir salvar 5,3 milhões de vidas até 2015.

Para o conseguir, duas medidas chave devem ser adoptadas pelos países, segundo a OMS e a UNICEF: a vacinação contra a pneumonia e o aleitamento exclusivo durante os seis primeiros meses de vida.

A segurança e a eficácia das vacinas contra duas as principais causas de mortalidade infantil por pneumonia, nomeadamente as bactérias Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e Streptococcus pneumoniae, foram demonstradas, sublinhou a OMS.

Quanto à promoção do aleitamento exclusivo durante os seis primeiros de vida, que reforça as defesas naturais das crianças, permitirá reduzir em 23% os casos de pneumonia, considerou Golaz, lamentando que "nos países em via de desenvolvimento apenas um terço das crianças beneficia deste tipo de aleitamento".


Doença assola países mais pobres

Mais de 98% das mortes ligadas à pneumonia registam-se nos 68 países que concentram a quase totalidade da mortalidade materna e infantil, ou seja os países mais pobres, segundo os números fornecidos pela OMS e pela UNICEF, que avaliam em 39 mil milhões de dólares (26,31 mil milhões de euros) o custo das medidas.


Metade dos fundos destinam-se a garantir uma ajuda a dois países asiáticos: a China (13 mil milhões de dólares) e a Índia (7 mil milhões de dólares), os países mais afectados pela pneumonia.

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