22 maio 2010

81 mil pessoas assistiram ao concerto de Shakira...

A cantora colombiana, cabeça-de-cartaz da primeira noite do Rock in Rio, entrou em palco pouco passava da meia-noite e cantou para as cerca de 81 mil pessoas que encheram o anfiteatro natural do Parque da Bela Vista.
Com uma simpatia e energia inabaláveis, Shakira conquistou o público português num concerto marcado pelas sonoridades latinas e onde temas como "La Tortura", "Whenever, Wherever" ou "Underneath Your Clothes" fizeram furor.

No final de “Te Dejo Madrid”, a segunda música do alinhamento, a cantora fez questão de dar um “olá”especial ao público: “Boa noite! Estou muito feliz por estar em Portugal. Estou feliz por cantar aqui, de novo, e por ouvir-vos cantar”.
Ao longo do concerto, a sensualidade do movimento de ancas da colombiana não passou despercebido, mesmo antes de se ouvir a "Hips don’t lie", música que só viria a ser interpretada no encore. A anteceder o encore esteve "She Wolf", o primeiro single do último disco da cantora.

Antes de Shakira entrar em palco, a vez foi de John Mayer, que quase se poderia ter sentido perdido no meio dos nomes femininos de peso que figuravam no cartaz do primeiro dia do Rock in Rio: Mariza, Ivete Sangalo e Shakira.

Para Ivete Sangalo, o Rock in Rio em solo luso já não tem grandes segredos. "Eu sou a cara [do Rock in Rio]", afirma a cantora que já é veterana no Parque da Bela Vista, tendo actuado nas quatro edições que o festival já conheceu em Portugal.
Às 20.30 horas, a cantora baiana entrou em palco, acompanhada por dez bailarinos, e foi recebida com muitos aplausos e com o entusiasmo de quem queria abanar a anca e tirar o pé do chão.

Na primeira fila encontravam-se alguns dos fãs mais fervorosos da cantora, que fizeram fila para entrar no recinto e, assim que as portas se abriram, às 16 horas, correram desenfreadamente para guardar lugar em frente ao palco, não tendo arredado pé apesar dos mais de 30 graus ao sol.

Como nas edições anteriores, Ivete Sangalo fez sucesso entre os milhares que encheram o Parque da Bela Vista. A sua chama esteve sempre bem viva.

Pontual, Mariza estreou-se no Palco Mundo às 19 horas, com a mesma garra com que, no ano passado, actuou no festival Sudoeste. Em conferência de imprensa, uma hora antes de entrar em palco, a fadista confessou que se sentia nervosa, muito nervosa por estar a subir ao palco principal do Rock in Rio, algo que há muito queria fazer, depois de, em 2004, ter actuado na extinta Tenda Raízes.
Apesar de ser a primeira a actuar, com o sol a bater forte no recinto e sem a intimidade da noite a que está habituada, Mariza fez vibrar o público e voltou a mostrar que o fado está na moda. Com o coração na boca a cantar "Gente da Minha Terra", a fadista saiu do palco e aproximou-se do público, que mostrou que esta é uma letra que faz parte do imaginário comum. No final, a fadista surpreendeu ao interpretar, como uma verdadeira mulher do rock, "Come as You Are", dos Nirvana.

Este ano Mariza está em dose dupla no Rock in Rio, actuando hoje com Tim, dos Xutos e Pontapés, no Palco Sunset. "Um concerto de dois amigos que se encontram para cantar", confessa a fadista.


Comentário: O Rock in Rio, é sem dúvida um festival de música, mas que dentro dele concentra centenas de superficies comerciais e de diversão que fazem a satirfação do público. Na minha opinião, para além da tentativa de conquista de marketing de muitas marcas, este é um festival fantástico que faz Portugal ficar mais rico em cultura.. Nota-se que as pessoas, não se importam de abdicar do seu tempo e dinheiro para assistir a este, e isso é sem dúvida gratificante, pois a cultura não tem preço... É sem dúvida bom ver milhares de pessoas envoltas de um grande espectáculo. Infelizmente, fala-se que este ano será o ultimo do R.I.R, o que é pena porque para além de portugueses, traz muitos estrangeiros a Portugal, possibilitando ainda um intercâmbio de diferentes culturas. Na minha opinião, um evento grandioso como este deve ser preservado, é certo que os seus custos são imensos, mas está cada vez mais provado que as pessoas não se importam de abdicar do dinheito por algo tão compensatório, assim, é importante preservar a cultura em Portugal...

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