13 dezembro 2009

UE diz que Protocolo de Quioto «não é suficiente»

Porque não vincula os EUA e a China no combate às alterações climáticas



A União Europeia defendeu este sábado que o Protocolo de Quioto, que fixa metas para inverter as emissões poluentes em 37 países, «não é suficiente» para combater as alterações climáticas porque não vincula os EUA e a China.


No sexto dia de negociações na capital dinamarquesa, o ministro do Ambiente da Suécia, em representação da Presidência sueca da União Europeia (EU), instou a China e os Estados Unidos (EUA), responsáveis por 40 por cento das emissões globais, a comprometerem-se de «maneira vinculativa» na redução das emissões poluentes no acordo que sair da cimeira de Copenhaga.

Adreas Carlgren salientou que se no final da conferência da ONU sobre alterações climáticas, que termina a 18 Dezembro, o Protocolo de Quioto continuar a ser o único convénio internacional vinculativo que estabelece uma redução de emissões de gases com efeito de estufa, «não se poderá alcançar um acordo» que permita lutar de forma eficaz contra o fenómeno climático.

As declarações do responsável sueco surgem numa altura em que vários países em desenvolvimento, como o Brasil e a China, exigem que o «espírito de Quioto» - que estabelece metas de redução mas prevê apoios aos países em desenvolvimento - não seja posto de parte e integrado no acordo que sair de Copenhaga.

Por sua vez, o comissário europeu responsável pelo Ambiente, Stravos Dimas, garantiu que o novo acordo político a ser alcançado «não quer matar o Protocolo de Quioto», que não foi assinado pelos EUA, mas sim «salvá-lo».

«Ao manter-se esse instrumento conforme está, não servirá para fazer o que é necessário fazer», afirmou, referindo-se ao objectivo anunciado pela ONU de conter a subida da temperatura abaixo de dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.

De acordo com Dimas, é preciso «garantir que de Copenhaga saia um acordo que inclua muitos dos aspectos de Quioto, mas que também vincule, especialmente os EUA e a China».

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