17 dezembro 2009

Índia considera "decepcionantes" números propostos por países ricos

A Índia considerou hoje, quarta-feira, "decepcionantes" os valores avançados pelos países ricos para a luta contra o aquecimento global, antes da partida do primeiro-ministro para Copenhaga para participar nas reuniões finais da conferência sobre alterações climáticas.
"Nós salientamos que os países desenvolvidos deviam apresentar números ambiciosos de redução das emissões" de gases com efeito de estufa, disse aos jornalistas, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros indiano, Nirupama Rao.
Este assunto está no centro da conferência de Copenhaga e "será crucial para o seu sucesso", mas "os números apresentados até agora são infelizmente decepcionantes", defendeu.
Os compromissos anunciados pelos países industrializados até 2020 representam uma redução de cerca de 12 a 16 por cento das suas emissões face a 1990, longe do nível de 25 a 40 por cento defendido pelos cientistas.
A Índia divulgou que o seu objectivo de redução de emissões carbónicas é de 20 a 25 por cento até 2020, relativamente a 2005. Mas rejeitou qualquer compromisso.
Para a Índia, os países ricos são historicamente responsáveis pelo aquecimento climático e devem financiar os esforços dos países em desenvolvimento.
Delegações de 192 países estão reunidas até sexta-feira em Copenhaga naquele que é já considerado o maior e mais importante encontro de sempre sobre o clima. O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo, que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.
Está confirmada a presença de mais de cem chefes de Estado e de Governo na conferência de Copenhaga, convocada pela ONU, a que também assistem cerca de 15 mil delegados e o próprio secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. O primeiro-ministro português, José Sócrates, participará na cimeira.

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