06 novembro 2009

Preservativos olímpicos leiloados em Pequim

Um lote de 5000 preservativos que sobrou dos 100 mil distribuídos aos participantes nos Jogos Olímpicos de 2008 vai ser leiloado em Pequim a 29 de Novembro.


A base de licitação para cada preservativo é de apenas 1 yuan (dez cêntimos), mas quem estiver interessado naquela singular recordação terá de comprar o lote inteiro, revelou hoje a imprensa oficial chinesa.
É o primeiro leilão do género realizado na China e visa, segundo os promotores, "promover a consciência pública acerca do sexo seguro e da prevenção da sida".

Na ocasião, a empresa chinesa Elasun associou-se ao evento, com uma campanha publicitária associada aos Jogos Olímpicos. Em chinês, "bi-yun" significa contracepção, uma expressão muito próxima de "Ao-yun", que quer dizer Olímpicos.

Sob o signo, "As cinco modalidades mais seguras dos Jogos Olímpicos", a Elasun usou preservativos nas imagens de Tiro com Arco, Ciclismo, Ginástica, Basquetebol e Natação.

Cerca de 10.500 atletas participaram nos Jogos de Pequim. Durante os Jogos, no Verão de 2008, as autoridades locais distribuíram gratuitamente 100 mil preservativos pelas clínicas da Aldeia Olímpica. Outros 300 mil foram distribuídos pelos hotéis da cidade.




"Na aldeia olímpica existem muitos jovens saudáveis e solteiros e, como em qualquer outro lugar, alguns podem-se apaixonar e, portanto, precisamos de disponibilizar preservativos", explicou na altura o porta-voz da ONU/SIDA para a China, Ole Hansen.
O número de 100.000 preservativos foi decidido em função das necessidades sentidas nos Jogos anteriores. Em 2000, em Sidney, os 70.000 preservativos distribuídos pela organização esgotaram-se rapidamente.

O lote de 5000 que sobrou e que foi entretanto adquirido por um coleccionador privado vai ser leiloado com outras recordações dos Jogos Olímpicos, entre as quais uma tocha assinada por Pelé.
O leilão, organizado pela secção de Desporto da Associação Chinesa de Coleccionadores, decorrerá num Centro Internacional de Exposições perto da Aldeia Olímpica de Pequim.
Segundo estimativas do Ministério da Saúde chinês citadas esta semana na imprensa oficial, a China terá cerca de 70 milhões de seropositivos, mais de metade dos quais não sabem que estão infectados.

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