14 novembro 2009

Obama chega a Xangai no domingo no "melhor momento dos ultimos 20 anos"


O presidente norte-americano, Barack Obama, inicia domingo em Xangai a primeira visita à China.


A visita acontece numa altura em que os dois países se mostram empenhados em "aprofundar os interesses comuns" e "fortalecer a cooperação global".

"Bem-vindo, Obama", proclama hoje um jornal chinês a toda a largura da primeira página.

A visita, de quatro dias, coincide com "o melhor período das relações China-Estados Unidos ao longo dos últimos vinte anos", disse o sinólogo norte-americano David Shambaugh.


O próprio Obama já declarou que, "em questões cruciais" como alterações climáticas, recuperação económica ou proliferação nuclear, "é difícil ver como é que o Estados Unidos ou a China poderão ter sucesso sem trabalharem em conjunto".

A questão os Direitos Humanos, que outrora foi um tema de acesa polémica entre os dois governos, não desapareceu da agenda, mas como indicou a nova secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, as "pressões" nesse domínio "não devem ocultar" os interesses comuns.


"Estados Unidos e China devem ajudar-se mutuamente, aprender com um com o outro e progredir juntos", disse o embaixador norte-americano em Pequim, Jon Huntsman.


A China é o maior detentor de títulos do Tesouro norte-americano - com uma carteira estimada em 800.000 milhões de dólares (534.000 milhões de euros) - e os Estados Unidos são um dos principais mercados das suas exportações.

"O volume do comércio entre a China e os Estados Unidos, que nos últimos trinta anos subiu de quase nada para cerca de 300.000 milhões de dólares (206.000 milhões de euros), ilustra a crescente interdependência entre as duas economias", realçou há dias um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Depois de Xangai, Obama visitará Pequim, onde vai encontrar-se com o homólogo chinês, Hu Jintao, e na quarta-feira segue para a Coreia do Sul, última etapa de um périplo pela Ásia que incluiu o Japão e Singapura.